Condomínio Jardim do Oriente

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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cagaita - Eugenia dysenterica


Copa da Cagaita
foto: igor.cerrado@gmail.com
A Cagaita ou Cagaiteira é uma das árvores mais bonitas que conheço. Além de bela, o fruto da cagaita é delicioso e muito suculento. 



Árvore hermafrodita de até 10 m de altura, copa compacta e avermelhada quando com predominância de folhas jovens. Tronco com casca de cor castanho acinzentada, com fissuras longitudinais e cristas sinuosas e descontínuas, veios castanhos.

Tonco da Cagaita
foto: igor.cerrado@gmail.com
Folhas opostas cruzadas da Cagaita
foto: igor.cerrado@gmail.com

Folhas simples, opostas, glabras (sem pêlos), de margem lisa .
Flores isoladas ou reunidas em peuenos fascículos, partindo nas axilas foliares. 

Floresce de agosto a setembro.
Frutifica de setembro a outubro.

Fruto é uma baga de 2-3 cm de diâmetro, amarelo quando maduro, com 1-4 sementes, normalmente com remanescente do cálice floral seco.

Frutos da Cagaiteira
foto: igor.cerrado@gmail.com

Os frutos são bastante consumidos, tanto ao natural como na forma de doces, geléias, sorvetes e sucos, podendo ter sua polpa congelada por até um ano. Atenção quanto à quantidade de frutos ingeridos, principalmente quando quentes ao sol, grande quantidade gera efeito laxante, responsável tanto pelo nome popular como pelo científico.
Fruto ainda verde da Cagaita
foto: igor.cerrado@gmail.com

A árvore é também medicinal, melífera, ornamental e madeireira. A casca serve para curtumes, sendo uma das corticeiras do Cerrado, com até mais de 2 cm de espessura.Além de efeito laxante dos frutos, seu uso medicinal está associado à ação anti-diarréica de suas folhas. 




http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/cagaita.html
Silva Júnior, M.C. et al. 2005. 100 Árvores do Cerrado: guia de campo. Brasília, Ed. Rede de Sementes do Cerrado, 278p.

Araticum - Annona crassiflora

Araticum é nome dado à diversas espécies da família Annonaceae, mesma da fruta-do-conde (Annona squamosa), conhecida também como ata ou pinha, dependendo da região.

Tronco do Araticum
foto: igor.cerrado@gmail.com

Trata-se de uma árvore (Fig. 1A), sem exsudação de látex no caule ou ao se destacar a folha, com ramos e brotos com pilosidade ferrugínea; tronco pode alcançar cerca de 40 cm de diâmetro, o ritidoma (casca) é bege ou cinzento, com fissuras e cristas estreitas, descontínuas e sinuosas (Fig. 1C); 



Folhas do Araticum
foto: igor.cerrado@gmail.com



suas folhas são simples, alternas, de 5-16cm de comprimento e 3 a 12 de largura, possuem as margens lisas e nervações bem marcadas na face superior; sua consistência é bem firme (coriácea). Flores de até 4cm de comprimento, com seis pétalas livres entre si, de coloração creme ou verde ferrugínea, consistência carnosa, que pouco se abrem (Fig. 2A); são três pétalas maiores, dispostas externamente, e três menores internas; 


Flores de Araticum
http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/araticum.html

seus frutos alcançam mais de 15 cm de diâmetro e 2kg de peso, contendo muitas sementes com cerca de 1,5cm de comprimento.




Referências:
http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/araticum.html
Silva Júnior, M.C. et al. 2005. 100 Árvores do Cerrado: guia de campo. Brasília, Ed. Rede de Sementes do Cerrado, 278p.

Lixeira - Curatella americana

Detalhe da flor da Lixeira
foto: igor.cerrado@gmail.com

Flores da Lixeira
foto: igor.cerrado@gmail.com

Aprenda mais sobre a lixeira assistindo ao programa "Um Pé de que?"

Serviços de jardinagem, paisagismo e venda de plantas em geral

Paulo do condomínio, celular: 81693274



Restaurantes Regionais




Casa de Chá Florida 

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A Casa de Chá Florida oferece aos seus visitantes um delicioso Café Colonial com variado cardápio. Ambiente muito agradável e aconchegante. Local ideal para realização de eventos como: casamentos, batizados, festas de aniversário, reuniões de negócios e outros.
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Classificados: Comércios e Serviços

Aqui estarão anúncios dos comércios existentes nas redondezas. A idéia é facilitar a vida dos moradores, com a disponibilização da lista com telefones dos estabelecimentos e prestadores de serviço, e estimular os serviços de tele-entrega. 

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Plantas que atraem pássaros




Por Rosmari Lazarini 
Bióloga e Editora do Portal Flora e Fauna 
http://www.floraefauna.com

veja mais em: http://www.wikiaves.com.br/flora:inicio


As aves são animais muito interessantes e que atraem pela beleza. Dentre elas estão os pássaros, que além da beleza encantam pelo seu canto característico e único que cada um produz.
Por gostar de ouvir o canto dos pássaros e admirar sua beleza é que as pessoas costumam criá-los em gaiolas, cultivar plantas ou fornecer alimentos que possam atraí-los. Desta forma, a natureza parece estar mais próxima, trazendo uma sensação de paz e tranqüilidade, proporcionando bem-estar.

Havendo disponibilidade de espaço, uma opção muito interessante para atrair os pássaros é cultivar plantas ornamentais e plantar espécies vegetais arbóreas que possam fornecer alimento, abrigo e local para o ninho. Um local arborizado proporciona muitos benefícios ecológicos, dentre eles a instalação de fauna urbana.
A conservação de áreas verdes, principalmente dos remanescentes florestais urbanos é uma estratégia valiosa para a conservação, tanto de espécies vegetais quanto de espécies animais. Ao longo de milhões de anos de convívio, a relação entre animais e plantas com flores foi se estabelecendo de forma harmônica, adaptando hábitos e necessidades mútuas. A perpetuação da espécie vegetal depende principalmente da polinização de flores e dispersão de frutos e sementes.

Cada pássaro tem características e preferências próprias que devem ser observadas no momento da escolha das espécies vegetais que se pretende plantar para atraí-los. As espécies vegetais devem ser compatíveis ao local, devendo ser observado o tamanho que a planta alcançará quando adulta.

Por haver maior espaço, é possível plantar grande variedade de plantas ornamentais e principalmente árvores em lugares mais abertos como parques, praças e canteiros ajardinados. A plasticidade paisagística, com o florescimento contínuo das plantas durante todas as estações do ano, favorece a diversidade da avifauna. Pelo potencial ornamental, muitas palmeiras são utilizadas em parques, nos canteiros centrais de avenidas e no paisagismo em geral, atraindo muitos pássaros que apreciam seus frutos.

O coqueiro-jerivá (Syagrus romanzoffiana) atrai, principalmente, os periquitos.

Para o plantio de árvores em calçadas recomenda-se a consulta de um guia de arborização urbana, evitando plantar espécies muito altas que comprometam a rede elétrica, e espécies que apresentam raízes agressivas que possam interferir em encanamentos e no trajeto de pessoas. Sendo assim, essas espécies não necessitarão de qualquer tipo de poda mais drástica ou predatória.

Os pássaros despendem altas taxas de energia, principalmente quando alimentam seus filhotes no ninho, e para satisfazer seus requisitos metabólicos, precisam fazer várias visitas às plantas. A vantagem do vôo possibilita percorrer grandes distâncias a procura de alimentos.
A flor possui algum atributo como tamanho, forma, cor, cheiro ou um conjunto de características que atrai muitos animais, dentre eles os pássaros. Flores visitadas por pássaros produzem grande quantidade de néctar, geralmente têm pouco ou nenhum odor, pois nas aves o sentido do olfato é pouco desenvolvido. Entretanto, flores coloridas chamam a atenção das aves, principalmente as vermelhas e amarelas, assim como as tipicamente grandes ou com grandes inflorescências.
Alguns pássaros visitam as flores regularmente para se alimentar de néctar (nectarívoros), partes florais (fitófagos) e insetos que vivem nas flores (insetívoros). Quando se alimentam do néctar de alguma flor, mantém contato com o pólen em alguma parte do corpo, geralmente a cabeça, e logo após o contato com outra flor atuam como polinizadores. Outros se alimentarem de frutos (frugívoros), sementes e grãos (granívoros) e atuam como dispersores, após a defecação ou seleção do alimento.

Pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes muitas vezes bem pequenas. Frutos doces e coloridos são os mais convidativos. Os pássaros onívoros, como o pardal, são os que possuem dieta variada a partir de diversos tipos de alimentos, tanto vegetal como animal.

Muitos pássaros brasileiros são considerados como domésticos, sendo comum encontrá-los em ambientes urbanos ou antropizados, entre eles estão: sabiá, sanhaço, tico-tico, canário-da-terra, beija-flor, pardal, rolinha, bem-te-vi, bigodinho, caboclinho, trinca-ferro, azulão, pintassilgo, entre outros.

Atrair os pássaros com alimentos é uma prática muito comum. O beija-flor é um dos pássaros que mais são atraídos nos centros urbanos; as pessoas costumam manter bebedouros com água açucarada, pendurados em árvores ou ganchos. Mas é preciso ter cuidado, pois caso a água não seja trocada diariamente e fermentar, poderá causar sua morte. Alguns pássaros como os sanhaços são atraídos com frutas como mamão e banana.

Algumas aves respondem à ação antrópica e buscam novas áreas para colonizar. Outras se adaptam à cidade ou permanecem em habitats pouco alterados. Em certas épocas do ano, as aves migratórias usam áreas urbanas para se acasalar ou, simplesmente, para descansar antes de seguir sua trajetória. Espécies típicas de campos secos ou brejosos e de borda da mata ocupam na cidade as áreas semelhantes aos seus ambientes naturais.

Por causa do alto grau de tolerância e capacidade de aproveitar eficientemente os diferentes recursos oferecidos pelo ambiente é que o sabiá-laranjeira e o sanhaço são chamados de pássaros generalistas.

Numa grande metrópole como o Município de São Paulo, que apresenta um mosaico de ambientes é possível encontrar variedade de pássaros, desde espécies tipicamente urbanas até espécies que necessitam de matas preservadas como o Ramphastos dicolorus (tucano-de-bico-verde), Tangara seledon (sete-cores), Thraupis ornata (sanhaço-de-encontro-amarelo) e Pyrrhura frontalis (tiriba-de-testa-vermelha). Já as áreas abertas e os campos antropizados da cidade são habitados porVanellus chilensis (quero-quero), Crotophaga ani (anu-preto), Speotyto cunicularia (buraqueira),Colaptes campestris (pica-pau-do-campo), Paroaria dominicana (cardeal), Volatina jacarina (tiziu), etc.

Alguns fatores podem impedir a visita dos pássaros às plantas, como barulhos e ruídos, animais próximos que possam afugentá-los, tipo de habitat e, principalmente, a ausência de determinada espécie de pássaro naquele ambiente. Uma relação de plantas que atraem os pássaros é simplesmente sugestiva, não significando necessariamente que sejam atraídos.

Uma pequena lista foi elaborada contendo nome de pássaros e suas características e preferências alimentares para poder auxiliar as pessoas interessadas na preservação e manutenção dos pássaros em seu entorno.
Alguns pássaros e plantas são comuns em várias regiões, porém outros são endêmicos. Em função dos valores culturais e regionais o nome comum das espécies pode variar muito e causar erros de identificação. Por isso torna-se interessante e importante observar o nome científico que reconhece a espécie em qualquer lugar do planeta, independente da língua oficial do local.


ANDORINHAS: Notiochelidon cyanoleuca - As andorinhas são exímias voadoras. Encontradas em várias regiões do mundo, vivendo em bandos, sempre muito próximas das árvores e de várias plantas, alimentam-se basicamente de insetos. Nas cidades, pousam geralmente na fiação da rede elétrica e nas antenas de aparelhos eletrônicos.

ARAÇÁS: Estas aves são atraídas pelos frutos da pitangueira (Eugenia uniflora).
ARARAS: voam diariamente muitos quilômetros na busca de frutos, principalmente de diversas palmeiras. Para o ninho, escavam os estipes dos buritis (Mauritia flexuosa).
ARARA AZUL- Anodorhynchus hyacinthinus, tem preferência pelas castanhas retiradas de cocos da palmeira acuri (Scheelea phalerata) e bocaiúva (Acrocomia sp). Quase todos os ninhos são escavados nos estipes do manduvi (espécie de árvore gigante e frágil, quase sempre completamente oca, cujos galhos se quebram com facilidade, mas onde as araras nidificam predominantemente).

ARARA-AZUL-DE-LEAR- Anodorhynchus leari, é encontrada em áreas de canyons e rochedos. Sua principal fonte alimentar provém de sementes das palmeiras conhecidas por licuri (Syagrus coronata e S. picrophylla).

ARARA-AZUL-GRANDE- habita áreas de buritizais em matas ciliares e cerrados adjacentes, alimentando-se também de sementes de acuri e bocaiúva.

ARARINHA AZUL- Cyanopsitta spixii, aprecia as sementes de buriti (Mauritia flexuosa).
ARARAJUBAS: Aratinga guarouba - apreciam sementes e frutos oleosos, principalmente da palmeira buriti.

AZULÃO: Passerina brissonii - habita bordas de matas e florestas ralas; é onívoro, consumindo sementes de capim, pequenas frutas silvestres e vários insetos.

BEIJA-FLORES: são atraídos por flores coloridas, geralmente tubulosas, e produtoras de néctar, seu principal alimento, porém completam sua dieta comendo insetos em flores ou em vôos rápidos. Seu bico arrojado permite beber diretamente do nectário floral sem precisar pousar. Entre todas as espécies de beija-flores do Brasil o tesourão é o mais comum. As flores mais visitadas por eles são das seguintes espécies vegetais:
Abutilon darwinii - (sino-amarelo, arbusto perene, de corolas amarelas, semi-abertas).
Abutilon striatum - (lanterna-chinesa, arbusto perene, de flores de cor alaranjada com estrias vermelhas).
Erythrina falcata - (árvore conhecida como crista-de-galo, de flores vermelhas).
Fuchsia hybrida - (brinco-de-princesa, herbácea escandente, de flores pendentes e vistosas). 
Heliconia sp - (caetês, bananeiras, tracoá, arbusto que possui inflorescências grandes e atrativas).
Hibiscus rosa-sinensis - (hibisco, graxa-de-estudante, de flores com inúmeras cores).



Lonicera japonica - (madressilva, trepadeira semi-lenhosa, flor cor branco-amarelada).
Malvaviscus arboreus - (malvavisco, hibisco-de-sino - flores vermelhas, cleistogâmicas "fechadas").


Pachystachys lutea - (camarão-amarelo, com brácteas amarelas e flores branco-creme).

Russelia equisetiformis - (russélia, flor-de-coral, arbusto perene, flor vermelha). 
Sanchezia nobilis -(sanquésia).


Strelitzia reginae - (ave-do-paraíso, herbácea, inflorescências com flores alaranjadas).
Thunbergia erecta - (tumbérgia-azul-arbustiva, flores azuis).
Thunbergia grandiflora - (tumbérgia-azul, trepadeira semi-lenhosa, flor azul ou branca).

Thunbergia mysorensis - (sapatinho-de-judia, trepadeira com numerosas flores amarelas).







BEM-TE-VI: Pitangus sulphuratus - seu nome popular é onomatopéico, pois seu canto imita um chamado, dando a impressão de cantar seu próprio nome: "bem-te-vi, bem-te-vi". Seus principais alimentos são frutas de pessegueiro, ameixeira, romãzeira, mangueira, pitangueira, uvaia, goiabeira, jabuticabeira, araçazeiro, amoreira e figueira e insetos, mas não dispensam algumas sementes.
BICO-DE-LACRE: Estrilda astrid - restrito aos ambientes urbanos ou antropizados se alimenta das sementes do capim colonião africano, o que condiciona sua distribuição.

BICUDO: Oryzoborus crassirostris, O. magnirostris e O. gigantirostris - costumam pousar no último galho da árvore mais alta do local onde se encontram, imitando em seu canto o som de flauta. O bico robusto e cônico é próprio para esmagar sementes.
CABOCLINHO: Sporophila palustris - é o menor pássaro canoro brasileiro. Habita várzeas à procura de sementes de capim verde, entre outros, especialmente o capim de flor amarela e o colonião.
CAMBACICA: Coereba flaveola - visitante de parques e jardins, disputa o alimento das flores com o beija-flor. Diferencia-se no modo de obter o néctar, agarrando-se à corola das flores e com o bico curvo e pontiagudo perfura o cálice, atingindo assim os nectários. Completa sua dieta alimentando-se de artrópodes.
CANÁRIO BELGA: São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante de sua dieta.
CANÁRIO DA TERRA: Sicalis flaveola - o pássaro canoro mais popular do Brasil, come de tudo, principalmente sementes, podendo ser alpiste, painço amarelo, linhaça e se adapta com facilidade a qualquer tipo de ambiente.
CARDEAL: Paroaria coronata - encontrado em campo aberto com árvores altas, capões de mato e beira de rios. Onívoros, sua dieta é composta de grande variedade de sementes, insetos e frutinhas, mas em época de reprodução, seu regime alimentar passa a ser exclusivamente insetívoro, que se prolonga por mais alguns dias após o nascimento dos filhotes.
COLEIRINHA/COLEIRO: Sporophila caerulescens - habita áreas antrópicas (pomares, pastos, praças das cidades), brejos, capoeiras e restingas, sendo encontrado empoleirado em arbustos ou agarrados em talos das inflorescências de gramíneas, alimentando-se de sementes do capim ou que estão no chão.
CURIÓ: Oryzoborus angolensis - de origem tupi, seu nome significa "amigo do homem". Dispõe de bico forte, curto de cor preta, capaz de quebrar as sementes mais duras, especialmente semente do capim navalha, base de sua alimentação, completando sua dieta com insetos. Habita normalmente áreas nas proximidades de lagos, várzeas e rios.
GATURAMOS: Tanagra violacea Linnaeus - também conhecido pelos nomes de Tietê e Bonito, sua dieta é composta por frutas (laranjas, goiabas e bananas) e insetos. Apreciam os frutos da planta erva-de-passarinho, que são facilmente encontradas nas copas dos ipês, árvores comuns no cerrado e também nos centros urbanos. 
GATURAMOS-VERDADEIROS: Euphonia violacea - hábil imitador do canto de outras aves como do gavião (Buteo magnirostris), do sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), da andorinha-serradora(Stelgidopteryx rufficollis) e o pardal (Passer domesticus). Basicamente, sua dieta restringe-se a frutos de epífitas, parasitas, bromeliáceas e cactáceas, embora possa incluir alguns artrópodes na sua alimentação.
JOÃO DE BARRO: Furnarius rufus - utiliza habilmente o barro misturado com fibras vegetais, capim, pêlos e estrume para construir sua casa no alto dos postes de iluminação e dos galhos de árvores em regiões urbanas e campestres. É na vegetação baixa, onde pode caminhar, que ele busca insetos, larvas e artrópodos em geral para compor sua dieta.
PAPAGAIOS: seu bico forte e encurvado para baixo é apropriado para quebras sementes duras e coquinhos. Frutos, sementes, brotos, flores e, eventualmente, insetos que estão nas frutas fazem parte de sua dieta na natureza. ·
PAPAGAIO-CHORÃO: Amazona pretrei, ave típica do sul do Brasil, aprecia o pinhão, semente da araucária (Araucaria angustifólia).
PARDAL: Passer domesticus - encontrado facilmente em áreas urbanas, pode construir seu ninho no oco de alguma árvore, no beiral de telhado ou outra saliência. Sua dieta variada consiste em sementes, insetos, frutas e restos alimentares como migalhas de pão.
PÁSSARO-PRETO: Gnorimopsar chopi - dieta composta por sementes, frutos de pessegueiro, ameixeira, romãzeira, mangueira, pitangueira, uvaia, goiabeira, jabuticabeira, araçazeiro, amoreira e figueira, incluindo principalmente cocos do buriti.
PICA-PAU: com bico forte e apropriado para lascar o tronco das árvores à procura de alimento, normalmente come larvas de insetos e alguns insetos, mas prefere besouros.
· Uma espécie de pica-pau do gênero Celeus, de pelagem amarelada com pontos pretos visita as flores vermelhas da árvore conhecida como anani (Symphonia globulifera), cujo tronco solta um látex de um amarelo intenso, para procurar por insetos.
PINTASSILGO: Carduelis magellanica icterica - é o mais comum. Com seu canto longo e repicado estimula o canto de todos os outros pássaros ao seu redor. É encontrado em ambientes variados como brejos, capoeiras, pastos, pomares, florestas ralas, pinheirais. Sua dieta consiste de vários tipos de sementes de capim, de assa-peixe, dente-de-leão, além de apreciar as flores dos eucaliptos e os insetos que vivem nos pinheirais. Em proximidade de áreas urbanas aprecia sementes e pequenos frutos secos, de revestimento duro, além de frutas encontradas em pomares.
POMBOS: Columba livia - o pombo-doméstico, comum de ser encontrado na cidade, é uma ave mansa que vive em parques, praças e principalmente em beirais de telhados residenciais ou comerciais, onde nidificam. Sua alimentação é variada, aproveitando todos os recursos que o ambiente oferece. As pessoas costumam atraí-los com sementes de milho e migalhas de pão. Apreciam também os frutos maduros de chumbinho (Ligustrum japonicum), planta muito utilizada na arborização urbana. Devido a grande oferta de alimento, a população tem crescido muito, ocasionando transtornos como sujeiras provenientes de suas fezes que podem transmitir muitas doenças.
QUERO-QUERO: Vanellus chilensis - pode ser encontrado próximo das áreas urbanas, fazendo seu ninho camuflado no chão de gramados, utilizando folhas secas, não hesitando em atacar quem por perto passar. Alimenta-se de insetos e outros artrópodes capturados no solo.
ROLINHA: Columbina talpacoti - habita áreas com plantações, campos abertos e os centros urbanos, onde é muito comum. Constrói o ninho em arbustos utilizando gravetos. Sementes de gramíneas e de pequeninos frutos apanhados do chão fazem parte de sua dieta. Em ambientes urbanos sua alimentação é variada, nutrindo-se de sementes e outros alimentos encontrados à disposição naquele ambiente.
SABIÁ-LARANJEIRA: Turdus rufiventris - seu canto longo e melodioso semelhante ao som de flauta, serviu de inspiração a alguns poetas. É encontrado tanto no campo quanto na cidade. Por estar muito próximo ao homem, sua popularidade o tornou símbolo representativo da fauna ornitológica brasileira e foi considerado popularmente a Ave Nacional do Brasil através de decreto federal. É muito comum encontrá-lo andando pelo chão capturando invertebrados, mas sua dieta consiste basicamente em frutos de pitangueiras (Eugenia uniflora), figueiras-benjamim (Ficus microcarpa), palmeiras como o jerivá (Syagrus romanzoffianus)e a seafórtia (Archontophoenix cunninghamiana) e amoreiras (Morus nigra). Ele costuma visitar comedouros para comer frutas (mamão, banana, laranja) e pão que são ofertados pelo homem.
SAÍRAS: - O canto da maioria das saíras é inexpressivo e podem ser encontradas principalmente em árvores floridas ou ricamente frutificadas.

SAÍRA-AMARELA: Tangara cayana - habita matas abertas e ciliares, áreas cultivadas, parques e jardins, freqüentando árvores com frutos maduros, como a aroeira-vermelha(Schinus terebinthifolia) e magnólias (Magnolia spp) e completa sua dieta com insetos cupins e vespas.
SAÍRA-PARAÍSOTangara chilensis - vive na mata, sobretudo na área de várzea.
SAÍRA-SETE-CORES: Tangara seledon - ameaçada de extinção como espécie vulnerável é uma ave lindíssima por ser multicolorida. Costuma fazer seu ninho em bromélias que podem estar no tronco de palmeiras como, por exemplo, a da palmeira-imperial, cujos frutos são apreciados.
SANHAÇO-CINZA: Thraupis sayaca - pode ser encontrado em áreas rurais e nas cidades, especialmente em bairros bem arborizados. Utiliza buracos de árvores para fazer o ninho, especialmente os de coqueiros. Freqüenta principalmente árvores frutíferas como pessegueiro, pitangueira, ameixeira, romãzeira e comedouros onde são oferecidas frutas como mamão, banana, laranja entre outras. Aprecia os frutos de figueiras (Ficus carica, F. microcarpa, F. elastica), amoreira (Morus nigra) e embaúba (Cecropia sp.) e come as pétalas de ipê-amarelo (Tabebuia sp.). Alimenta-se ainda de néctar de flores de eucalipto (Eucalyptus sp.) e mulungu (Erythrina).
TICO-TICO: Zonotrichia Capensis - seu nome veio do pio: "tic...tic. Habita paisagens abertas, campos de cultura, fazendas e jardins. Conhecido como irrequieto, devido ao modo como captura alimento no solo por meio de pequenos. Sua dieta é composta de sementes, muitas vezes, extremamente amargas e de insetos. É considerado útil ao homem por alimentar-se de larvas daninhas encontradas em hortas e ao Chopim (Molothurs bonariensis) a quem serve de ama seca.
TUCANO-TOCO: Ramphastos toco - é uma espécie onívora, alimentando-se basicamente de frutos e sementes, de insetos, ovos de outras aves e dos filhotes destas caso lhe falte alimento. Vive em bordas de matas e freqüenta os palmitais em busca de seus frutos. Seu bico é leve e oco, porém muito resistente, proporcionando pular com facilidade os galhos das árvores e apanhar delicadas frutinhas.
TUCANO-DE-BICO-VERDE: Ramphastos dicolorus - habita áreas florestadas, do litoral a zonas montanhosas, incluindo as florestas de planalto. Sua alimentação é variada: frutos, artrópodes e pequenos vertebrados. Entre os frutos apreciados pelos tucanos estão os de várias palmeiras como o palmiteiro (Euterpe edulis), o jerivá (Syagrus romanzoffiana) e a palmeira-elegante (Archontophoenix cunninghamiana). Completa sua dieta comendo aranhas e insetos como lagarta, cigarra, grilos.
TRINCA-FERRO: Saltator maximus - seu nome é devido ao canto alto e estridente que vocaliza. Habita bordas de matas e clareiras, tanto nas baixadas como nas montanhas. Pode ser visto também em pomares alimentando-se de frutas.


Referências bibliográficas: Lorenzi, H.; Souza, H. M. 2001. Plantas Ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3ª edição Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 1088p.
Raven, P. H.; Evert, R. F.; Eichorn, S. E. Biologia vegetal. 6ª edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan., 2001. 906p.
Rogrigues R.M. e Coutinho L.M. 1993. Interações entre plantas insetos e outros seres. Ed. Cultrix, vol.2, 400p. Sick, H. (1997) Ornitologia brasileira. 2a. edição revista e ampliada por José Fernando Pacheco. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Endereços eletrônicos (acessos: 13/02/2005) http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/servicos/herbario/001 http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/fauna_flora/fauna/0001 http://www.bibvirt.futuro.usp.br/especiais/aves_no_campus/aves_ordens.html http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/ave.html

Produção Agroecológica Integrada Sustentável-PAIS

      

     O sistema PAIS integra a produção de hortaliças com galinhas. É uma alternativa muito interessante que pode ser adaptada a realidade dos lotes.


Cartilha passo-a-passo:

Sistema Mandalla de Produção.



Quem vê pela primeira vez acha a idéia um pouco estranha. Ao invés de uma plantação tradicional, os canteiros são circulares, formados ao redor de uma fonte d'água. A inspiração vem da mandala, símbolo cultivado desde a antigüidade que representa a relação do homem com o universo ou ainda os planetas ao redor do sol.


Idealizado pelo administrador Willy Pessoa, o sistema mandalla vem revolucionando a vida de agricultores familiares. A nova forma de cultivo faz parte da vida de mais de três mil pessoas que vivem em 50 cidades de 12 estados brasileiros.

O sistema tem até nove círculos concêntricos de dois metros de largura. No reservatório de água, o agricultor pode criar peixes e patos, cujas fezes fertilizam os canteiros. Os três primeiros círculos servem ao plantio de hortaliças. Os próximos cinco, para culturas diversas. E o último canteiro serve à proteção ambiental, podendo receber plantas nativas, medicinais ou frutíferas.

Com custo de 1.250 reais a mandalla deve ser implantada em área de 2,5 mil metros quadrados, podendo ser feita em dois dias. Não é necessário construir todos círculos de uma vez. Trabalhe o primeiro até estar todo cultivado e aí prossiga ao segundo até chegar ao último. As quantidades de materiais para a construção variam segundo o diâmetro das esferas. A primeira tem 31,4 metros de mangueira e a última, 131 metros.


Material
Para montar o reservatório e o sistema de distribuição de água são necessários:
• 6 sacos de cimento
• 36 sacos de areia
• 40 metros de tela de galinheiro fio 22 de 1,45 metro de largura
• 30 metros quadrados de tijolo
• 1 litro de cola branca comum
• 1 bomba submersa de dois mil litros/hora com saída 3/4 (33 milímetros)
• 1,8 metro de mangueira 3/4 (33 milímetros)
• 5 metros de arame número 18
• 1 sistema aranha, com seis saídas, entrada de 3/4 e rosca interna
• 1 adaptador 3/4 de polegada
• 6 caibros de quatro metros
• 1 metro de ferro de cinco milímetros de espessura
• 6 mangueiras de 32 milímetros, com 22 metros cada

Para fazer os canteiros são necessários:
• 726 metros de mangueira de 16 milímetros
• 54 junções em Y de 16 milímetros cada
• 54 válvulas cilíndricas de 16 milímetros cada
• 12 caixas de cotonete com 75 unidades cada
• 365 piquetes de madeira de 50 centímetros de comprimento
• 1 metro de arame número 18

Montagem
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1º passo
Para construir o reservatório, crave no centro do terreno uma estaca de 50 centímetros e amarre a ela uma corda de três metros. Na outra ponta, coloque um pedaço de madeira e trace um círculo. Escave essa área demarcada como se fosse um funil. O centro deve ter 1,85 metro de profundidade e uma "cuia" onde será colocada a bomba submersa.

2º passo
Na borda do reservatório, faça calçada de 50 centímetros de largura por um metro de altura, colocando uma fileira de tijolos para dar suporte ao vértice de sustentação da bomba.


3º passo
Coloque a tela de galinheiro nas paredes do reservatório, preocupando-se em trançar cada peça. Para prendê-la, use arame farpado. Prepare argamassa com um saco de cimento e seis de areia, rebocando todo o buraco, a borda e a calçada. Após secar o cimento, impermeabilize tudo com cola branca. Espere secar e encha o depósito com água.


4º passo
Faça em cada caibro um furo a cinco centímetros de uma das pontas. Pegue o ferro de cinco milímetros e passe-o pelos buracos, unindo as peças de madeira. A estrutura ficará em formato de pirâmide e deve ser apoiada na borda do reservatório. Coloque no topo o sistema aranha. Embaixo, a um palmo da água, coloque uma isca luminosa. Ela atrairá insetos que servirão de alimento para os animais criados no reservatório.


5º passo
Coloque a bomba submersa no fundo do reservatório. Ela deve ser conectada ao sistema aranha com o pedaço de 1,8 metro de mangueira 3/4 e o adaptador de 3/4 de polegada. Para a instalação elétrica, siga atentamente as instruções do fabricante. Nas seis pernas da aranha fixe as mangueiras de 32 milí metros, que serão linhas mestras por onde a água passará até chegar aos canteiros.


6º passo
Em cada canteiro insira uma junção em Y nas linhas mestras. Ponha válvulas em uma ponta da peça. Nas outras duas coloque as mangueiras dos círculos, que devem ser presas com arame nos piquetes de madeira.


7º passo
A distribuição da água nos canteiros é feita por microaspersores. Para fazê-los, pegue os cotonetes, coloque-os de molho na água e tire o algodão das hastes. Aqueça uma das pontas e aperte com o alicate. Pelo outro lado, insira um pedaço de arame. Faça pequeno corte transversal na haste até tocar o arame, retirando-o em seguida. Fure a mangueira e instale o microaspersor. Não coloque mais de 28 cotonetes por canteiro para não sobrecarregar o sistema.


8º passo
A água também pode chegar às plantas por gotejadores. Faça um furo no meio de uma tampa de garrafa PET para passar um cotonete com pedaço de cinco centímetros de arame. Faça uma curva na ponta do fio que ficará do lado de fora da garrafa. Feche a tampa. Monte tripé com gravetos para dar suporte ao vasilhame. Corte o fundo da garrafa.

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Detalhe do encaixe da aranha
Saída onde vão os cotonetes
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Maiores informações em:
http://www.agenciamandalla.org.br